sábado, 19 de maio de 2012

Minha felicidade 
poderia ter sido...
Talvez nunca ter  
te conhecido . 



Na existência semi-árida 
dessa minha vida estéril . 
Somente tu é capaz 
de encharcar o solo .
De minha alma seca .



Ao doar meu sangue ,
ó negativo resultado !
Imaginei-o azul cor real ,
mas vi o vermelho ,cor banal .
Intenso calor eu sinto ,
frio escabroso eu tenho .
Amar ? Eu amo ,
mas o ódio está em mim .
Meus olhos enxergam ,
mas minha alma é cega .
Corro para teus braços ,
mas me sinto prisioneira .
Doce contradição ,
amarga união .
O jeito é morrer ,
e me libertar de voce .
Os óculos fitam a cor  da parede ,vejo cadeira ,
 mesa ,fotografia,
pulso sem relógio,televisão ,
janela ,casa ,árvore ,pente ,moto serra .
rádio ,um tambor jogado ,
calculadora e caneta embaixo do guarda chuva,
uma mala sob o sofá ,um carro atropela a bola e a vida é assim
desarrumada .

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Minha alma tenta fugir ,
desse corpo prisão
Corre de um lado a outro ,
tentando se libertar ,

Minha mente reage ,
mas não consegue contê-la .
Desaparece a vida ,
surge o medo , a inercia .

Minha alma já livre , pairando no ar ,
subindo às nuvens .
Mas nada encontra ,
decepção ! Quer voltar .

Desce e mergulha de novo ,
dentro de mim .
Mas meu corpo não responde ,
desesperadamente grita , acorda !.

Conheci o vazio sem ti .
não te quero mais.
Viver não me interessa ,
morrer é que me satisfaz .

Sabe-se lá o que hei de achar
 Moram na minh'alma meus anjos e demônios.
Quero meu corpo vazio ,
vai alma outro corpo buscar .
Minhas lembranças ,
são apenas histórias ,
que se vão ...
não vem ,
não voltam ,
apenas se vão ...
Prisão , ódio , clausura ...
já tentei fugir dessa loucura .
Tortura , clamor , grilhão ...
já tentei sair dessa obsessão .
Inferno ? Já tentei entrar ...
fui barrada , não posso o Diabo degenerar .