Pessoas
Saí de dentro de mim e fui caminhar
por entre as pessoas ,
sem que elas me vissem .
Deparei-me com tudo aquilo que
acreditava não existir .
Pessoas cheias de medo .
Criaturas cheias de ganancia .
Homens depravados escondidos em
forma de anjos .
Mulheres subjugadas por si mesmas ,
sofredoras resignadas .
Meninas bonitas sem nenhum sonho bom ,
aliciadas .
Meninos bonitos , servindo somente como
fetiches .
Olhei para os templos cheios de Anti Cristos ovacionados
por negras ovelhas .
As escolas repletas de alunos robotizados e sem inteligencia .
Professores sem o entusiasmo na alma .
Mães chorando num ninho vazio , e os filhos soltos no tempo ,
ao vento .
Ruas cheias de gente caminhado para ludar nenhum .
E a humanidade ruminando sempre aquele mesmo alimento , engolindo
sapos , arrotando arrogância .
Olhei o Céu e não havia nada lá .
Não há nada aqui .
Vou voltar pra dentro de mim , sabendo que tudo que vi ,
também esta lá ...
Adriana Noronha
sábado, 23 de novembro de 2013
sexta-feira, 22 de novembro de 2013
Perambulando na Lua
Dormia profundamente aquela que não tinha
culpa de ser tão bela .
Possuía uma beleza intocada , e inocente e não
sentia que o mal lhe apreciava a carne .
E os olhos grandes e negros lhe secavam a juventude
lhe espreitavam os movimentos .
Não conhecia a maldade a bela menina , somente sonhava em
voltar ao seu lugar , ao seu lar ...
E os olhos do mal sempre a seu redor ,
um lobo em pele de lobo .
O frescor de sua pele , o negro dos seus longos cabelos
e o sorriso inocente ...
Eram suficientes para enebriar aquela criatura asquerosa
e putrefata .
Dormia profundamente a menina , e no seu sonho um príncipe
lhe segurava a mão , e conquistava seu coração .
Porém no escuro do quarto no silêncio da noite profunda , uma mão surge
a tocar-lhe a pele .
Não era o príncipe , não com certeza não era ele não !
E do seu sonho não conseguia sair .
Foram segundos apenas , mas eternamente longos e aterrorizantes ,
aquela sombra negra tomou forma demoníaca .
Mas o medo não a venceu e sim a bravura em de se manter pura , e salva daquela criatura .
Mas suas noites nunca mais foram as mesmas , e foi assim que aquela menina começou a aprender que o mal existia .
E passou a cobrir até o buraco da fechadura , e não se importava em ficar à noite perambulando na Lua .
Adriana Noronha
Dormia profundamente aquela que não tinha
culpa de ser tão bela .
Possuía uma beleza intocada , e inocente e não
sentia que o mal lhe apreciava a carne .
E os olhos grandes e negros lhe secavam a juventude
lhe espreitavam os movimentos .
Não conhecia a maldade a bela menina , somente sonhava em
voltar ao seu lugar , ao seu lar ...
E os olhos do mal sempre a seu redor ,
um lobo em pele de lobo .
O frescor de sua pele , o negro dos seus longos cabelos
e o sorriso inocente ...
Eram suficientes para enebriar aquela criatura asquerosa
e putrefata .
Dormia profundamente a menina , e no seu sonho um príncipe
lhe segurava a mão , e conquistava seu coração .
Porém no escuro do quarto no silêncio da noite profunda , uma mão surge
a tocar-lhe a pele .
Não era o príncipe , não com certeza não era ele não !
E do seu sonho não conseguia sair .
Foram segundos apenas , mas eternamente longos e aterrorizantes ,
aquela sombra negra tomou forma demoníaca .
Mas o medo não a venceu e sim a bravura em de se manter pura , e salva daquela criatura .
Mas suas noites nunca mais foram as mesmas , e foi assim que aquela menina começou a aprender que o mal existia .
E passou a cobrir até o buraco da fechadura , e não se importava em ficar à noite perambulando na Lua .
Adriana Noronha
Nada , nadinha
Voces foram decepcionantes ,
aliás alguns de voces , foram
lamentavelmente decepcionantes .
Jogaram fora , uma vida inteira ,
uma vida inteira jogada fora .
A ganância venceu o bom senso ,
o bom senso não venceu a ganância .
E hoje a louca colhe os louros e se
regojiza , com a VITÓRIA .
Seria mesmo ela uma Louca ?
Numa parede enterraram os abraços ,
os sorrisos e os laços .
Um laço chamado família , e naquela nação
não existe mais união .
Deixaram alguns centimetros para o próximo
que irá morrer ...
Mas para morrer não é preciso estar morto ,
morremos de varias formas e maneiras ...
Mas foi melhor assim , pois agora sei quem são
meus vorazes algozes .
E não te desejo nada , nadinha mesmo
somente tudo aquilo que voce minha cara , já possui .
Adriana Noronha
Voces foram decepcionantes ,
aliás alguns de voces , foram
lamentavelmente decepcionantes .
Jogaram fora , uma vida inteira ,
uma vida inteira jogada fora .
A ganância venceu o bom senso ,
o bom senso não venceu a ganância .
E hoje a louca colhe os louros e se
regojiza , com a VITÓRIA .
Seria mesmo ela uma Louca ?
Numa parede enterraram os abraços ,
os sorrisos e os laços .
Um laço chamado família , e naquela nação
não existe mais união .
Deixaram alguns centimetros para o próximo
que irá morrer ...
Mas para morrer não é preciso estar morto ,
morremos de varias formas e maneiras ...
Mas foi melhor assim , pois agora sei quem são
meus vorazes algozes .
E não te desejo nada , nadinha mesmo
somente tudo aquilo que voce minha cara , já possui .
Adriana Noronha
Treze
Nós éramos treze .
E hoje quantos somos ?
O primogênito se foi !
Outro nós foi tirado ...
Na conta dos oito , faltam dois .
Como vivem os que restaram ?
Onde eles estão ?
São felizes ou não ?
Das cinco restam , cinco .
Mas a conta só une quatro .
Cinco nunca mais ?
Se depender de mim , não ...
Nunca mais cinco ...
Serão para todo o sempre , quatro .
Cinco só naquela velha foto .
Ou na foto que envelheceu .
Para onde foram os filhos e filhas ?
Daquela que dizem ser Justa .
Justamente eu ,
Eu justamente igual a ela ...
Cheia de rancor e as vezes
cheia de coisa nenhuma .
Vejo o tempo passar ...
Mas o tempo não passa , amassa .
Ele amassa o que pouco resta de mim .
Por quê justo eu tinha que sair assim ?
Justamente igualzinha aquela ,
que dizem ser Justa .
Justamente eu , igualzinha
cópia fiel da Maria Justa .
E hoje contemplo o vazio ,
que outrora era justamente assim .
Adriana Noronha
Nós éramos treze .
E hoje quantos somos ?
O primogênito se foi !
Outro nós foi tirado ...
Na conta dos oito , faltam dois .
Como vivem os que restaram ?
Onde eles estão ?
São felizes ou não ?
Das cinco restam , cinco .
Mas a conta só une quatro .
Cinco nunca mais ?
Se depender de mim , não ...
Nunca mais cinco ...
Serão para todo o sempre , quatro .
Cinco só naquela velha foto .
Ou na foto que envelheceu .
Para onde foram os filhos e filhas ?
Daquela que dizem ser Justa .
Justamente eu ,
Eu justamente igual a ela ...
Cheia de rancor e as vezes
cheia de coisa nenhuma .
Vejo o tempo passar ...
Mas o tempo não passa , amassa .
Ele amassa o que pouco resta de mim .
Por quê justo eu tinha que sair assim ?
Justamente igualzinha aquela ,
que dizem ser Justa .
Justamente eu , igualzinha
cópia fiel da Maria Justa .
E hoje contemplo o vazio ,
que outrora era justamente assim .
Adriana Noronha
domingo, 10 de novembro de 2013
Eu
Permita-me voar , ir ao mais longe de mim ,
sumir na imensidão do Mundo
e apenas flanar entre as nuvens , não me acordes .
Deixa eu ir , somente ir , e quem sabe um dia volto ao meu lugar ,
volto e vejo que não valeu a pena fugir .
Pois aqui eu tinha tudo aquilo que sempre busquei ,
mas minha cegueira existencial não me permitiu ver .
Me libertes dessa prisão , deixa eu correr ,
correr e talvez tentar viver , viver longe de mim .
Meus olhos não veem o que meu coração alcança ,
então lança tua paz sobre meu corpo terreno .
Permita-me voar , renascer , reviver , renascer ...
Mas deixar eu ser , uma criatura melhor que eu ,
melhor que tu , e quem sabe ser melhor que Deus ...
Não melhor que aquele Deus que esta lá no céu ...
Mas quem sabe parecido com aquele Deus que nos acuda .
Que ele nunca me iluda , mas me salve de mim mesma ,
e mantenha minh'alma perto de mim ,
talvez até fora do corpo ,
mas perto , sempre perto daquilo
chamado Eu .
Adriana Noronha
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