terça-feira, 1 de julho de 2014

Foto: Lar longe 

Tarde da noite acordei com o barulho dos pavões 
os cachorros ladravam , as galinhas se espalharam os gansos agitaram-se ,chocalhos tilintavam ,os pássaros arribaram tudo acordou menos os que aqui dormiam ...
O frio cortava qualquer viva alma , olhei pela janela e lá  estava ela  , e minha fogueira
na malhada da casa ainda ardia ...
Desci as escadas e fui até lá fora  ,e vi  que de prateado a Lua  pintava meu refugio escondido , sentei e fiquei ali e ali fiquei fitando aquela que veio minha noite enfeitar e iluminar .
E  como mágica voltei ao meu lar , lar bem longe , lar longe daqui , caminhei por entre as arvores , e na casa entrei , todos tambem dormiam , e eu estava ali o olha-los em seu sono dos justos ...
Justamente eu , que nunca deveria de lar ter saido , nunca deveria ter crescido e fugido para longe de lar ,  e antes do raiar do dia a Lua veio e mostrou-me ...
Que lar ,não é mais o meu lugar ,e eu dei mais uma olhada em meu pai ,minha mãe e meus irmãos e irmãs , que outrora me fizeram tão feliz ...
O que foi que eu fiz ?
Cresci , foi mesmo ó ! 
Cresci ...
Então me deu saudade do meu refúgio escondido ,longe das buzinas das grandes avenidas e das esquinas , e lá vi que poderia tambem ser aquela feliz menina .
E de novo minha Lua me trouxe inteira para meu real LAR , aqui pertinho de mim meus filhos e filhas e aquele que Deus fez questão de me presentear  ...
E devagarinho a Lua beijei , entrei em meu  Lar meus filhos dormindo olhei , e no lugar mais seguro que existe me aninhei ...
E senti o calor de uma alma que fundiu-se a minha ...
Eu vim de lar longe e encontrei tambem um LAR DOCE LAR .

Adriana NoronhaLar longe 

Tarde da noite acordei com o barulho dos pavões 
os cachorros ladravam , as galinhas se espalharam os gansos agitaram-se ,chocalhos tilintavam ,os pássaros arribaram tudo acordou menos os que aqui dormiam ...
O frio cortava qualquer viva alma , olhei pela janela e lá estava ela , e minha fogueira
na malhada da casa ainda ardia ...
Desci as escadas e fui até lá fora ,e vi que de prateado a Lua pintava meu refugio escondido , sentei e fiquei ali e ali fiquei fitando aquela que veio minha noite enfeitar e iluminar .
E como mágica voltei ao meu lar , lar bem longe , lar longe daqui , caminhei por entre as arvores , e na casa entrei , todos tambem dormiam , e eu estava ali o olha-los em seu sono dos justos ...
Justamente eu , que nunca deveria de lar ter saido , nunca deveria ter crescido e fugido para longe de lar , e antes do raiar do dia a Lua veio e mostrou-me ...
Que lar ,não é mais o meu lugar ,e eu dei mais uma olhada em meu pai ,minha mãe e meus irmãos e irmãs , que outrora me fizeram tão feliz ...
O que foi que eu fiz ?
Cresci , foi mesmo ó !
Cresci ...
Então me deu saudade do meu refúgio escondido ,longe das buzinas das grandes avenidas e das esquinas , e lá vi que poderia tambem ser aquela feliz menina .
E de novo minha Lua me trouxe inteira para meu real LAR , aqui pertinho de mim meus filhos e filhas e aquele que Deus fez questão de me presentear ...
E devagarinho a Lua beijei , entrei em meu Lar meus filhos dormindo olhei , e no lugar mais seguro que existe me aninhei ...
E senti o calor de uma alma que fundiu-se a minha ...
Eu vim de lar longe e encontrei tambem um LAR DOCE LAR .

Adriana Noronha
Duas faces 

Tenho duas faces 
um lado ruim e o outro pior ...
Meus sonhos não me permitem ser bom , os bons 
sempre esmagados morrem , morrem e morrem ...
O Mundo é daqueles que tem duas facetas 
eles enfeitam de flores seus inimgos , e esfolam seus
cosanguíneos ...
A roda que gira o Mundo é a ganância , opulência , é a
demência , de sempre querer mais ,querer até o que não é
teu !
Os olhos só vêem aquilo que acreditam ser real , e realmente é bem melhor
ser o melhor de todos , mesmo que para isso tenhamos que enterrar velhos
valores , e semear futuros rancores .
E a vida segue a vida passa , o relógio gira , o Sol se vai , a Lua surge , a chuva
molha , o rio seca e torna a transbordar em correntes que tudo arrastam , que
tudo derrubam ,deixando o leito da vida nú ...
E eu vou vivendo , entre os vivos que pensam existir , pois os mortos já estão mortos
e a humanidade corre para longe , longe de si ...
Os céus estão ali , passando , movendo-se , e passando por nós que nunca o comtemplamos .
O único céu que ora merecemos talves seja a abobada selvagem da boca da onça ,
ledo engano ...
Os selvagens somos nós , que escondemos lá dentro aquilo que nunca seremos ,pois
somos uma xerox de alta resolução daquilo que chamamos Mundo Cão !
Nos distanciamos da evolução , estamos desevoluindo e dilindo nossas esperanças , pois a esperança é o pior mal que nos foi legado ...
Não sabemos usar o último item da caixa da tal Pandora !
E agora ?
Sei lá , acho que vou deixar tudo como esta !
Eu não busco nada ,pois sei que lá nada vou achar ...


Adriana Noronha