sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Lanterna
Uma sombra na noite , queria desfazer o melhor dos seus sonhos , vinha sorrateira,com passos macios e silenciosos .
Mas seu coração de menina sentiu a frieza daquela alma lodosa , um ser asqueroso e sádico .
Mas ela ensinou-lhe .
Fique sempre alerta .
Butando sentido em tudo ao seu redor .
Olhando sempre dentro do olho do inimigo .
E assim ela foi .
Fui sem querer .
Amarrada ,angustiada ...
E viu a sua minha vida sumir ,ao longo do asfalto frio ,e girou em volta de si tudo que possuía e naquele momento perdia .
teve uma infância feliz ,e via sua adolescência travar , mudar , girar e surgir em outro lugar .
Ah suas noites ...
Em seus sonhos sempre voltava ao Lar
Que ora seria Lar longe dali
Que estava longe, longe , infinitamente distante .
Reconheceu o mal assim que o vi , sentiu o abalar dos joelhos ,um olhar maldoso ,um maldoso olhar ,que só ela, sabia existir .
Longe da proteção fraterna ,
tornou-se lanterna ,
sempre acessa ,
nunca no escuro ...
De dia se esquivava ,à noite vigiava .
E assim foi .
Até que num cavalo alado , lhe foi enviado aquele que tinha a missão de lhe proteger .
E suas noites se iluminaram ao clarão da Lua.
Sob as assa da proteção daquele que chegou ,
montado no cavalo alado .
Sua alma é livre , dorme sossegada e até flutua .
Adriana Noronha