sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Matriarca

As assombrações lá de casa deram uma trégua , esconderam-se ficaram entres as árvores escondidas , saíram de cena , deixaram  o quintal limpinho , sem sombras , elas , delas mesmas fugiram ,só as rosas dos ventos não se foram e nem deveriam ,  os cajueiros  floresceram antes do tempo , a grama enverdeceu  , os bambus eretos permaneceram , os coqueiros dobraram o tamanho , as mangueiras exalavam um doce perfume  mas deram passagem para a  lua que crescente iluminou  a  todos  .
Tudo se voltou para aquela MATRIARCA  que ainda insiste em estar entre os seus , as vibrações eram tão boas , seu carisma tão grande que  reuniram-se ao seu redor do mais velho ao mais novo rebento daquele circo chamado família , um picadeiro armado , cheio de personagens mil , mas todos coadjuvantes de um espetáculo que só a ela era dedicado .
Rezei pra ter bom tempo , e o tempo da festa foi infinitamente longo como  seus noventa anos , entre vozes , risos e cantos , fotos , abraços , um choro por aqueles que não puderam vir ,  pelos que vieram e por aqueles que se fizeram ausentes .
E no roteiro da vida , todos juntos formam um filme de muito sucesso , um clássico que nunca é esquecido e por vezes bastante assistido , o esplendor da vida ...         Parabéns para todos nós.


Adriana Noronha .

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Alguém que já sentou na lua.