sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013
Oficina do Diabo
Vi um rebento lindo , robusto , alvo , rosado .
Criado com o melhor leite , o do peito abençoado .
Cresceu com tudo de bom ao seu redor .
Cresceu , cresceu mais e se perdeu .
Viu dois mundos .
Escolheu trilhar o imundo .
Não passou no teste de sustentar o caráter .
E se foi junto a outros farrapos humanos se enterrar .
A fumaça o levou junto com os fracos .
Hediondamente lindos , porém fracos .
Pobres almas sem fé .
Criaturas que não são nada além de nada .
Ele engana a todos , coitado !!
Não sabe o imbecil que engana a ele próprio .
Cada dia de sua vida é uma farsa , um charco .
Um circo de horrores internos , pobre diabo .
Ri a cada mentira bem sucedida !
E a fumaça fúnebre cobre teu quase futuro .
Um suicida ambulante e vivo .
Vivo ?
Tudo que é torpe o fascina .
E na sua oficina do diabo , junta-se o outros demônios .
E naquela fumaça fúnebre .
Lança sua vida num vale sombrio e ermo .
Sua vida num vale e mais nada .
É mais uma criatura jazendo estando " viva " .
Adriana Noronha
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Alguém que já sentou na lua.