Mil anos passaram , e estarei aqui escondida no tempo ,
solta ao vento .
Sempre em busca daquilo que fomos , daquilo que hoje não
mais somos .
Sumimos no tempo , fomos levadas pelo vento , e não pudemos
nos agarrar a nada .
Pois não havia um cisco sequer , daquela grande arvore da qual
fomos fruto .
Da arvore da qual fomos geradas ...
Hoje só há o luto .
E eu perdi a alegria de um dia lutar por ti ...
Tua mão é o açoite , e minha esperança virou noite ,
escura e fria .
Mas tu bem que podia , mas não o fez .
Então passou a vez .
Cadê voce , cadê ?
Mais mil anos viram , e é assim que nossos corações estarão , em
duas vidas separadas .
Daquilo que um dia fomos ...
Hoje não resta mais nada
Vai , segue em paz .
Não olha para traz .
Ai nada tem e
aqui não tem mais nada .
Adriana Noronha
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Alguém que já sentou na lua.