sábado, 26 de abril de 2014

Foto: Sem ponto final 

Quero escrever outras historias , 
num livro de  brancas paginas ...
Devo esquecer minhas memorias ?
De repente lanço meu lapis no papel e ele guia 
minha mao , desenha minha letra ja desenhada e vai , desliza ,vira , volta , para e solta o verbo , o adjetivo , muitos substantivos , uma virgula vem , dois pontos tambem , assim eu vou , alias , levada sou ...
Passo perto de minha infancia , uma casinha minuscula , depois um casarao , um enorme quintal , muitas roupas coloridas no varal , e sempre o eterno fogao , muita fruta que cai no chao , muitas almas , pantomias e assombraçao .
Muita gente algaravia confusao , meninos , meninas , bicicletas , colegio , nataçao , mar , quartel , carnaval , Sao Joao , dia de finados , natal ...
Ah o Natal ! 
O tao esperado natal , peru , vinho , arvore , presentes , e sempre um longe , um ausente , muito melancolico , missa do galo , casa cheia de gente , cheia de nos !
Ate que todos crescem , o primogenito acorda morto em pleno natal , Deus errou o alvo .
E assim a vida segue , se vai o pai , mais um e ceifado , e mudam-se os reis , elas tomam as redeas , seguram o nosso  Mundo como Atlas , e nos erguem outra vez , agora e das mulheres a vez ...
E o lapis me engana , eu nao tenho historias , so tenho memorias de um tempo perdido , solto ao vento , e nao lamento , pois viveria tudo outra vez , faria do mesmo jeitinho , entraria de novo no mesmo ninho .
Mesma casa , mesma mae , mesmo pai , e os mesmos treze irmaos , seria aquela feliz menina , e continuaria a ser assim por todo o breve longo tempo de minha vida  ...
E as reticencias me acompanhariam doravante e o ponto final nunca aparecia , e assim para sempre seria .
Sem ponto final 

Quero escrever outras historias , 
num livro de brancas paginas ...
Devo esquecer minhas memorias ?
De repente lanço meu lapis no papel e ele guia 
minha mao , desenha minha letra ja desenhada e vai , desliza ,vira , volta , para e solta o verbo , o adjetivo , muitos substantivos , uma virgula vem , dois pontos tambem , assim eu vou , alias , levada sou ...
Passo perto de minha infancia , uma casinha minuscula , depois um casarao , um enorme quintal , muitas roupas coloridas no varal , e sempre o eterno fogao , muita fruta que cai no chao , muitas almas , pantomias e assombraçao .
Muita gente algaravia confusao , meninos , meninas , bicicletas , colegio , nataçao , mar , quartel , carnaval , Sao Joao , dia de finados , natal ...
Ah o Natal !
O tao esperado natal , peru , vinho , arvore , presentes , e sempre um longe , um ausente , muito melancolico , missa do galo , casa cheia de gente , cheia de nos !
Ate que todos crescem , o primogenito acorda morto em pleno natal , Deus errou o alvo .
E assim a vida segue , se vai o pai , mais um e ceifado , e mudam-se os reis , elas tomam as redeas , seguram o nosso Mundo como Atlas , e nos erguem outra vez , agora e das mulheres a vez ...
E o lapis me engana , eu nao tenho historias , so tenho memorias de um tempo perdido , solto ao vento , e nao lamento , pois viveria tudo outra vez , faria do mesmo jeitinho , entraria de novo no mesmo ninho .
Mesma casa , mesma mae , mesmo pai , e os mesmos treze irmaos , seria aquela feliz menina , e continuaria a ser assim por todo o breve longo tempo de minha vida ...
E as reticencias me acompanhariam doravante e o ponto final nunca aparecia , e assim para sempre seria .

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Alguém que já sentou na lua.