Futuros dias
O ontem era tao bonito
cheio de cores , crianças sujando o sofa ,
e eu la toda hora a limpar , a brincar , nunca brigar , ria daquilo e feliz vivia .
Eu os vi serem gerados , os vi nascerem , cresceram perTinho , traziam muito
barulho ,algaravia , confusao , e moravam la no lugar mais macio do meu coração .
Mas aquele dia passou antes em meus sonhos dantescos , sonhos rasteiros ,numa
noite fria acordei e vaguei perdida naquela bruma , daquele sonho nao lembrei e o
seu encanto nao quebrei ...
Raiou o Sol , o dia estava lindo e pra longe eu estava indo , tudo
estava preparado pelo destino que ja havia traçado , pedi , implorei
clamei ...
E o sonho tomou forma e pesadelo virou , eles
escarneceram-me , nao lembraram o que fomos , rasgaram com suas garras
ate entao escondidas a historia de nossas vidas ...
Mas hoje
compreendo que o sonho era para salvar-me , tirar-me dali , e as brumas
escondiam e preservavam a minha paz de espirito , o tempo encarregou-se
de apagar aquilo que nao adiantava consertar ...
E o som de uma nova
era se ouvia , os ventos levaram pra longe o mal , e o sal da terra
brotou outras flores , a vida acordou em outros sabores e aumentaram
meus saberes , dali nao sinto mais falta ...
E os sonhos podem ser
sonhados numa noite que vem alegre ,mansa e serena , a brisa e suave ,
aumentou minha sorte e acalmou-se o romper do destino , e a lei divina
esta quieta ...
Ouço flautas doces , arpas encantadas , novas flores nascem anunciando que o melhor esta por vir ...
Que comece minha nova vida e que minha vida nova seja assim ...
Sinto-me a correr num teclado de um grande piano de onde soam acordes
magicos e cheios de harmonia , e muitas notas musicais seram criadas
para entoarem meus futuros dias ...
Adriana Noronha
sexta-feira, 27 de junho de 2014
quinta-feira, 19 de junho de 2014
natação
Hei de voltar
Fiz minhas malas , nelas coloquei todas as minhas
saudades e fui ...
Atravessei os mares de minha existencia , em muitas
aguas mergulhei !
Sempre com o passo adiante , nao olhei para tras , e fui
fui mais .
No caminho longo nao via nada , nem o alem mar ...
Onde sera que devo estar ?
De repente paro naquela esquina , e tentei achar meu
tempo de menina .
Carros pra la e pra ca , o sino da igreja a badalar , muita
gente a passar .
Parei diante daquilo que chamam lar , duas palmeiras uma
larga porta .
Pessoas entravam saiam , estranhos , crianças crescidas
no tempo esquecidas .
O tempo era outro , haviam novos intrusos , os reis morreram
outros reis foram postos .
Nada era mais meu , nem meu quintal , eram outras roupas no varal
os quadros amarelaram , o relogio sumiu ...
E aquela que em todos mandara , estava ali sentada a porta olhando o tempo
passar ou quem sabe ...
O tempo vir lhe buscar ...
O tempo passou por mim e nao me levou .
Ou o tempo nao me trouxe ?
E hoje perdi meu tempo pensando que ao voltar eu ia encontrar tudo , tudo mesmo
no seu devido lugar ...
Nao bati na porta da frente , fiquei sem jeito e calada , pois pelo tempo fui enganada
e ele so deixou as folhas caidas em meu coraçao ...
O tempo girou em volta de mim , sussurou ao meu ouvido e apagou meus caminhos ,
e eu nao soube como uma fruta, amadurecer .
So vi meu corpo crescer e criança nunca deixei de ser .
Minha terra e a do nunca ,e talves eu nunca ache o caminho de volta , mas sempre em meus sonhos pra casa hei de voltar .
Adriana Noronha
Fiz minhas malas , nelas coloquei todas as minhas
saudades e fui ...
Atravessei os mares de minha existencia , em muitas
aguas mergulhei !
Sempre com o passo adiante , nao olhei para tras , e fui
fui mais .
No caminho longo nao via nada , nem o alem mar ...
Onde sera que devo estar ?
De repente paro naquela esquina , e tentei achar meu
tempo de menina .
Carros pra la e pra ca , o sino da igreja a badalar , muita
gente a passar .
Parei diante daquilo que chamam lar , duas palmeiras uma
larga porta .
Pessoas entravam saiam , estranhos , crianças crescidas
no tempo esquecidas .
O tempo era outro , haviam novos intrusos , os reis morreram
outros reis foram postos .
Nada era mais meu , nem meu quintal , eram outras roupas no varal
os quadros amarelaram , o relogio sumiu ...
E aquela que em todos mandara , estava ali sentada a porta olhando o tempo
passar ou quem sabe ...
O tempo vir lhe buscar ...
O tempo passou por mim e nao me levou .
Ou o tempo nao me trouxe ?
E hoje perdi meu tempo pensando que ao voltar eu ia encontrar tudo , tudo mesmo
no seu devido lugar ...
Nao bati na porta da frente , fiquei sem jeito e calada , pois pelo tempo fui enganada
e ele so deixou as folhas caidas em meu coraçao ...
O tempo girou em volta de mim , sussurou ao meu ouvido e apagou meus caminhos ,
e eu nao soube como uma fruta, amadurecer .
So vi meu corpo crescer e criança nunca deixei de ser .
Minha terra e a do nunca ,e talves eu nunca ache o caminho de volta , mas sempre em meus sonhos pra casa hei de voltar .
Adriana Noronha
terça-feira, 17 de junho de 2014
Blue jeans
E a porta abre-se num ranger silencioso e aterrador ,
e de novo aquela sombra malefica entra naquela alcova ...
O mundo la fora dorme , a noite e densa e fria , meias paredes
em forma de muralhas ...
Dois inocentes pueris adormecidos em um beliche de escura imbuia ,
sobre seu leito moveis suspensos no ar ...
E aquela criatura andante que canta e os males espalha , com uma voz
mansa ...
Aqueles olhos de fogo , olhos que desejam uma carne casta !
Na casa ecoa um choro recem chegado ao mundo , providencia divina
que veio salvar a bela menina .
Um salto e um pulo , e num rapido girar de chave , ela pode seu coraçao
acalmar .
Vestiu-se em seu velho e protetor blue jeans , e assim esperar aquela noite
passar ...
Deita-se ao lado da companheira que e feita de pano , mas pensa como um
ser humano ...
E sonha estar andando no longincuo lar , onde podia dormir , deitar e despertar
para a alegre vida ...
Mas ao acordar via de novo tudo aquilo recomeçar ...
Somente ela via a face do mal .
Mas esse mal nunca a venceu ,
E hoje se rejubila pois esse mal nunca a pertenceu ...
Adriana Noronha
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