sexta-feira, 2 de janeiro de 2015
O tempo acordou
E a casa gigante esta sumindo no vento ...
O tempo acordou , e veio cheio de ira , cheio de presa , veio avançando
e empurrou a brisa , derrubou as arvores ,quer levar a bisa ...
As harpas deliram ,os pássaros desfilam no longincuo céu ,e anunciam os
novos ares , revolvem os mares .
As tempestades de lágrimas vem a galope , um anjo surge em meus sonhos ,sonhos medonhos , cheio de gente que já se foi , não voltam , não vivem e nos
meus sonhos choram ...
Ou será que oram ?
Ou formam um coro de choro ...
O que posso jazer ?
Ou será o que posso fazer ?
Serão anos de solidão , de lembranças tiradas do baú , nas gavetas o cheiro de naftalina ,sobrepujara o cheiro do branco talco ...
Tal como vou ficar .
Apenas branca , branda, banida dos dias com ela .
O que somos mesmos ?
Anjos expulsos , anjos maus ,anjos sem asas e sem poder ,anjos terrenos que
só sabem descrer ...
Tecem uma teia tênue e fria .
E as arpas deliram de novo no meio da noite pura , na noite crua , gelando nossas almas duras ,impuras , opacas e vazias ...
E eles virão num cavalo alado e lado a lado seguirão . .
E na vida terrena ,na eternidade efêmera da vida na terra seremos enterrados em nós mesmos e mesmo assim existiremos num gigante e triste terreno .
Brindaremos em taças transbordantes de veneno , o veneno destilados nos anos sem fim , sera mesmo assim .
Ela sem nós nós sem ela , eu sem voces ,voces sem mim ...
O para sempre será infinitamente longo e para sempre será assim , sem começo sem meio e sem fim .
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Alguém que já sentou na lua.