Conheci uma menina que teve tudo de bom que a vida possui , tudo em sua vida era grande ,tinha uma família , tamanho família , era a decima terceira numa fila de quatorze irmãos , sua casa enorme , seu quintal imenso , o colégio colossal , a mesa , as panelas ,os pratos eram tachos , até seu porco Barroso ficou enorme . Mas um dia ela cresceu , aos doze ainda não sabia ,o que era ficar moça ,
para ela aquilo foi uma tragédia , e chorou mas por perto tinha a Regina Lúcia que com muito cuidado e carinho lhe mostrou que aquele sangue era a transformação , e foi mesmo .
Até seu professor Lincon amigo da família apaixonou-se por ela , também aos doze parecia dezoito , fato que lhe rendeu uma surra da megera mãe ,pois ele falou com a megera antes de falar com a moça , a surra deveria ter sido nele falou o primogênito seu protetor . E assim a adolescência começou , o primeiro namorado aos treze , Abel , lindo olhos caramelo moreno esguio e para alegria da megera , carioca da gema , pipocas cinema e a natação , mas ele respeitou tanto sua timidez que desistiu quando ela não soube responder ao primeiro beijo e se foi , deixando-a desiludida com o primeiro amor , foi melhor mesmo era muito rico e tinha uma família muito moderna , também vieram lá do Rio de Janeiro ...
No colégio só para meninas ,quem as salvava eram os cadetes dos colégios militares ,adorava São João , e naquele ano um aspirante lindo moreno escuro , para não falar mestiço , nego , filho de preto com branca , apaixonou-se pela menina que crescera e aparecera , conseguiu até chamar a megera de sogra , um palpite infeliz , seu erro , ela cresceu os olhos e a vigilância , ficava difícil de manha no colégio , a tarde no Centro de Cultura Britânica , das dezessete ás vinte horas natação , aos sábados com as Bandeirantes , no sábado a noite no Gresse , mas com quase todos os irmãos , e ele lá infiltrado bastavam olhares para expressar aquele amor , Ah mas tinha o Domingo praia , ondas , sol , mar , picolés e muitas braçadas , e de vez em quando um beijo .
Mas de novo a megera atrapalhou , numa bela noite de sábado ele veio a seu pai , mas quem imperava era ela , um quase negro não servia pra sua filha , nossos passeios na Leão do Sul , pastel e caldo de cana , o filme Rambo , as missas na Nossa Senhora de Fátima , as feirinhas de artesanato as festas no Colégio São Rafael com a Farda de Gala e a pureza respeitada pelo belo rapaz que desistiu da moça ,ele não suportou o desprezo da megera , de novo o coração sofreu , ela o esperava todos os dias e sempre ia aos seus lugares mágicos , mas ele nunca mais voltou .
Ela vinha de uma família de atletas e foi fundo na sua dor , e nadou , nadou e derrotou a melhor , meia piscina de diferença , para seu irmão primogênito o maior orgulho para ela o consolo , a zebra , o acaso , ali estava afogando sua maior mágoa , era duro ser só adolescente e nunca ter virado gente .
E de novo a megera agiu , mandando ela pra Bahia , e como num encanto lá longe naquele recanto , um rapaz que usava também uma bela farda , ornada de estrelas e confeccionada de couro , um chapéu diferente , entrava na mata fechada , enfrentava os espinhos de juazeiro , braúna , unha de gato , quixabeira , macambira e derrubava o boi , aquele vaqueiro de cabelos dourados , corpo de Apolo e olhar encantado consegui preencher o coração daquela moça que aprendeu a gostar e valorizar o que nunca conhecera na vida , o amor de um adolescente que tinha alma de HOMEM .
No colégio só para meninas ,quem as salvava eram os cadetes dos colégios militares ,adorava São João , e naquele ano um aspirante lindo moreno escuro , para não falar mestiço , nego , filho de preto com branca , apaixonou-se pela menina que crescera e aparecera , conseguiu até chamar a megera de sogra , um palpite infeliz , seu erro , ela cresceu os olhos e a vigilância , ficava difícil de manha no colégio , a tarde no Centro de Cultura Britânica , das dezessete ás vinte horas natação , aos sábados com as Bandeirantes , no sábado a noite no Gresse , mas com quase todos os irmãos , e ele lá infiltrado bastavam olhares para expressar aquele amor , Ah mas tinha o Domingo praia , ondas , sol , mar , picolés e muitas braçadas , e de vez em quando um beijo .
Mas de novo a megera atrapalhou , numa bela noite de sábado ele veio a seu pai , mas quem imperava era ela , um quase negro não servia pra sua filha , nossos passeios na Leão do Sul , pastel e caldo de cana , o filme Rambo , as missas na Nossa Senhora de Fátima , as feirinhas de artesanato as festas no Colégio São Rafael com a Farda de Gala e a pureza respeitada pelo belo rapaz que desistiu da moça ,ele não suportou o desprezo da megera , de novo o coração sofreu , ela o esperava todos os dias e sempre ia aos seus lugares mágicos , mas ele nunca mais voltou .
Ela vinha de uma família de atletas e foi fundo na sua dor , e nadou , nadou e derrotou a melhor , meia piscina de diferença , para seu irmão primogênito o maior orgulho para ela o consolo , a zebra , o acaso , ali estava afogando sua maior mágoa , era duro ser só adolescente e nunca ter virado gente .
E de novo a megera agiu , mandando ela pra Bahia , e como num encanto lá longe naquele recanto , um rapaz que usava também uma bela farda , ornada de estrelas e confeccionada de couro , um chapéu diferente , entrava na mata fechada , enfrentava os espinhos de juazeiro , braúna , unha de gato , quixabeira , macambira e derrubava o boi , aquele vaqueiro de cabelos dourados , corpo de Apolo e olhar encantado consegui preencher o coração daquela moça que aprendeu a gostar e valorizar o que nunca conhecera na vida , o amor de um adolescente que tinha alma de HOMEM .
Adriana Noronha .