sábado, 17 de novembro de 2012

A morte de ninguém 

Não mexe com ela que ela não está só , engole teu ódio e degusta tua amargura , tua alma penada tá pesada , teus passos te levam ao encontro daquele chamado inominável , apesar de rezares tanto.
Afinal no que te transformastes ó pobre alma , o seio da tua família secou , esqueceu o gosto do leite que amamentou , agora só o fel  é o teu alimento .
Tua imagem em nós apagou-se , é
 impossível lembrar com eras , fostes um dia criança , menino , adolescente , ensaiou ser homem mas não conseguiu , e caminha para teu destino torpe .
Pena que ela ainda te ame , mãe é assim mesmo , não consegue ver o mau , naquilo que já foi seu , mas o que é teu já tá guardado , mas não somos nós que vamos lhe dar .
Aos que morreram nossas lágrimas e saudades , pra ti o esquecimento , e o pedido que Deus tenha misericórdia de tua "alma" e que tenhas vida longa .
Não acredito que possa mudar , pois seria incapaz de ter teu oásis
mas é no oásis dela que vives , e nele representas a esterilidade do deserto , o calor que tudo seca .
Tudo que vives e mérito seu , nem o Diabo te deseja , a tua nascente secou , chuva ácida te molhou , até a Misericordiosa chorou , com chora aquela que te amamentou .











Adriana Noronha .

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Alguém que já sentou na lua.