sexta-feira, 14 de setembro de 2012
Libertino
Sinto que estou apaixonada , só não descobri , é ainda não descobri ,
pois tudo em minha vida está coberto com um véu escuro e denso .
Não achei ainda aquilo que tem chama , fogo , ardência , e nessa
cadência minha inteligencia inexiste , não há espaço para razão .
Só ilusão , algo que toco com as mãos , mas que desaparece diante
de meus negros , olhos negros .
Eu não podia libertar meu coração , ele já nascera libertino , acorrentado
mas libertino , as correntes ao seu redor não eram suficientes para sufocar
seus anseios e volúpia .
Eu morri centenas de vezes , só para vislumbrar o poder do meu coração
em renascer , porém esqueci de acordar minha alma pelas mesmas centenas de vezes .
E ela se foi , tenho agora só um corpo , um coração quase de aço , mas minha alma
se foi , aí eu vago , procuro , clamo .
Então te chamo , eu não sabia o quanto te amo .
Adriana Noronha .
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Alguém que já sentou na lua.