Fugir e nem fingir
À noite abri a janela de meu quarto
vi todas as estrelas .
Elas estavam ali a me chamar , com seu ofuscante
brilho .
Olhei-o e ele dormia num sono profundo , e assim eu pude
mergulhar em mim .
E lancei-me ao infinito , e mais uma vez meus sonhos me levariam
a alcançar as estrelas .
Mas antes amarrei meu pé numa tênue linha de fé , para voltar e não me perder dentro de mim .
E entre as mais belas estrelas caminhei , vi os meus que se foram antes de mim , não os despertei .
Segui mais à frente deparei-me com a Lua , mas ela ainda estava nua , e os anéis de Saturno alcancei .
Seus gases inebriavam minha alma caliente , olhei para baixo e vi minha janela aberta novamente .
E eu estava ausente , ausente de mim , e não podia fugir , e nem fingir que meu mundo era ali .
Pelo menos ainda não ...
E a linha de minha fé ainda no meu pé , fui puxando , puxando e acabei
voltando .
Retornando ao mundo real em que vivo , olhei de novo ao redor , tudo normal , tudo igual .
Mas minha janela , o portal para dentro de mim , estava aberto às estrelas que de novo estarão a esperar por mim .
Adriana Noronha
domingo, 30 de junho de 2013
quinta-feira, 27 de junho de 2013
Cabelo
Hoje ela saiu para clarear as ideias ,
seus pés teimavam em não obedecer .
Eles queriam levá-la para bem longe dali ,
qualquer lugar , um lugar qualquer .
Mas claro , que Clara fez somente o que
queria fazer .
Mas um vento passou , pra ela olhou e seu lindo
cabelo ele pintou .
Da cor da brasa ele ficou , e assim numa cor febril
o Mundo para ela se abriu .
Ser menina é assim , ser menina sim , ser ela mesma
do começo ao fim .
E o cabelo ?
É o que menos importa .
Eles apenas servem para esconder o mistério dos
pensamentos que não ficam atrás da porta .
Clara evidentemente é vidente de seus pensamentos
que em brasa queimam sua mente .
Um cabelo não é nada à frente e de uma cabeça
eloquente .
Adriana Noronha
Hoje ela saiu para clarear as ideias ,
seus pés teimavam em não obedecer .
Eles queriam levá-la para bem longe dali ,
qualquer lugar , um lugar qualquer .
Mas claro , que Clara fez somente o que
queria fazer .
Mas um vento passou , pra ela olhou e seu lindo
cabelo ele pintou .
Da cor da brasa ele ficou , e assim numa cor febril
o Mundo para ela se abriu .
Ser menina é assim , ser menina sim , ser ela mesma
do começo ao fim .
E o cabelo ?
É o que menos importa .
Eles apenas servem para esconder o mistério dos
pensamentos que não ficam atrás da porta .
Clara evidentemente é vidente de seus pensamentos
que em brasa queimam sua mente .
Um cabelo não é nada à frente e de uma cabeça
eloquente .
Adriana Noronha
Ser eu é foda
Como é possível sentir saudade daquilo
que nunca vivi ?
É assim que funciona minha mente humanamente
mentirosa .
Meus quinze anos foi uma festa maravilhosa ,
eu tenho saudades sim , só que não existiu .
Para os convidados sim , para mim a festa era mais
longe , dali longe .
Eu não queria crescer , florescer , queria mesmo era
permanecer ...
Mas a permanência da audiência da conferência não
permitiu .
E veio o vento e me levou , e bem longe fui aportar ,
fiquei longe do mar .
Longe de tudo que me viu se criar , e minha mente
humanamente mentirosa .
Me enganou quando chorei , ela me dizia que eu apenas ria
e que para sempre feliz seria .
Seria , não é ser .
Ser eu é foda !
Todos pensam que sou de boa fé , ledo engano dos cegos
sou vil , má , perversa , maquiavélica .
Sou eu assim , e ser eu é foda .
Tudo em mim é fora de moda e meus modos são rudes , grudes ou
iludem a mim .
Sei que sou pouca coisa , mas sou tudo aquilo que pude ser , sem
precisar ser ninguém além de mim .
Acho ... acho não , tenho certeza que foi assim que pude sobreviver
entre eu e o meu antológico ser.
Ser eu e ser assim o começo sem meio , muito distante do fim .
Adriana Noronha
Como é possível sentir saudade daquilo
que nunca vivi ?
É assim que funciona minha mente humanamente
mentirosa .
Meus quinze anos foi uma festa maravilhosa ,
eu tenho saudades sim , só que não existiu .
Para os convidados sim , para mim a festa era mais
longe , dali longe .
Eu não queria crescer , florescer , queria mesmo era
permanecer ...
Mas a permanência da audiência da conferência não
permitiu .
E veio o vento e me levou , e bem longe fui aportar ,
fiquei longe do mar .
Longe de tudo que me viu se criar , e minha mente
humanamente mentirosa .
Me enganou quando chorei , ela me dizia que eu apenas ria
e que para sempre feliz seria .
Seria , não é ser .
Ser eu é foda !
Todos pensam que sou de boa fé , ledo engano dos cegos
sou vil , má , perversa , maquiavélica .
Sou eu assim , e ser eu é foda .
Tudo em mim é fora de moda e meus modos são rudes , grudes ou
iludem a mim .
Sei que sou pouca coisa , mas sou tudo aquilo que pude ser , sem
precisar ser ninguém além de mim .
Acho ... acho não , tenho certeza que foi assim que pude sobreviver
entre eu e o meu antológico ser.
Ser eu e ser assim o começo sem meio , muito distante do fim .
Adriana Noronha
terça-feira, 25 de junho de 2013
Cantar na rua
Ontem procurei a Lua , lá da minha janela , mas
não pude vê-la .
Então no meio da noite saí , caminhei , procurava
entre as coisas do Mundo .
Mas , como ?
Fui muito longe , muito longe de mim , então
cansada de caminhar pela vida , sentei .
De tão cansada , deitei , e uma brisa quente
envolveu-me o corpo .
Um calor subiu pelas entranhas de minh'alma ,
e senti que ainda vivia .
É , ainda sou um pedaço de gente !
E assim fui catando , as migalhas de vida que estavam
ao meu redor e fui em frente .
Caminhei entre muita gente , procurava voce , procurava
o por quê .,
Porque me abandonastes ?
Mas agora não importa , eu já fechei a porta , é , a porta
fechou , travou , enferrujou , empenou , lacrou .
Por isso saio a procura da Lua , essa tu não apagou , teu
brilho é escuro , entre tu e eu há um muro .
E eu juro ,enquanto viver nunca mais te procuro !
E caminhei mais à frente , e num mar quase submersa ,
achei minha Lua .
Que fazes ai ?
Fui tu menina , que quase me afoga nas lágrimas tuas .
Me tira daqui , que sou a tua Lua .
Não chores mais ,
toca tua vida e vem cantar de novo na rua .
Adriana Noronha
Ontem procurei a Lua , lá da minha janela , mas
não pude vê-la .
Então no meio da noite saí , caminhei , procurava
entre as coisas do Mundo .
Mas , como ?
Fui muito longe , muito longe de mim , então
cansada de caminhar pela vida , sentei .
De tão cansada , deitei , e uma brisa quente
envolveu-me o corpo .
Um calor subiu pelas entranhas de minh'alma ,
e senti que ainda vivia .
É , ainda sou um pedaço de gente !
E assim fui catando , as migalhas de vida que estavam
ao meu redor e fui em frente .
Caminhei entre muita gente , procurava voce , procurava
o por quê .,
Porque me abandonastes ?
Mas agora não importa , eu já fechei a porta , é , a porta
fechou , travou , enferrujou , empenou , lacrou .
Por isso saio a procura da Lua , essa tu não apagou , teu
brilho é escuro , entre tu e eu há um muro .
E eu juro ,enquanto viver nunca mais te procuro !
E caminhei mais à frente , e num mar quase submersa ,
achei minha Lua .
Que fazes ai ?
Fui tu menina , que quase me afoga nas lágrimas tuas .
Me tira daqui , que sou a tua Lua .
Não chores mais ,
toca tua vida e vem cantar de novo na rua .
Adriana Noronha
segunda-feira, 24 de junho de 2013
Nothing
Minha cabeça pensa muito , gira muito
e gira mais uma vez , pensa de novo .
E fica divagando , caminhando , cozendo
meus miolos moles .
Tá pensando o quê agora !
Nothing !
Eu sabia !
Pare de pensar e vá viver .
Ouço muitos acordes notas altas , baixas
sons agudos , e muitas vezes sons graves .
E misturam-se aos turbilhões silenciosos de minha louca ,
mente louca .
Ouvi uma vez .
" O mundo pertence aos loucos "
Então o mundo é meu !
Meu mundo louco , louco mundo .
E minha mente insana me salva da
morte repentina .
Aquela morte que nos faz pensar assim , sei lá ,
sem ter e nem pra quê !
Viu !
Meu maior legado é não possuir legado algum ,
é ser o que sou .
E talvez ser o que sou , basta .
Ou será , bosta ?
Hora de acordar , ta na hora de sonhar , e mergulhar em
teus sonhos andantes .
Nada na tua vida vai ser como
antes .
Nothing .
Adriana Noronha
Pé de muleque .
Um bolo encantado ,
mas muito elaborado .
rapadura derretida , e muito trabalho
nessa vida .
Mamãe sempre fazia , eu roubava as
castanhas comia e corria .
O cheiro delicioso , à cozinha o papai
trazia .
E o forno quente espalhava um aroma cheio
de encanto .
Pronto a vizinhança já sabia !
Era o bolo da Maria .
E a Maria Justa só ensinou as quatro
fia .
Eu não a não aprendi a fazer essa iguaria
não tenha a mão encantada .
Dava tanto trabalho que eu sumia , só voltando
pra comer depois do meio dia..
E roubava de novo as castanhas que pra cima do
bolo subia .
A mamãe já não o faz .
Mas restou as outras quatro fia .
Que perpetuam o nosso pé de muleque , pra
nunca esquecermos nossas fantasias .
Maria e suas quatro fia , não deixando os irmãos
esquecerem sabor da nossa alegria .
Era assim que o mamãe fazia , pra reunir
toda a famia .
Vida longa as suas quatro fia .
Adriana Noronha
Um bolo encantado ,
mas muito elaborado .
rapadura derretida , e muito trabalho
nessa vida .
Mamãe sempre fazia , eu roubava as
castanhas comia e corria .
O cheiro delicioso , à cozinha o papai
trazia .
E o forno quente espalhava um aroma cheio
de encanto .
Pronto a vizinhança já sabia !
Era o bolo da Maria .
E a Maria Justa só ensinou as quatro
fia .
Eu não a não aprendi a fazer essa iguaria
não tenha a mão encantada .
Dava tanto trabalho que eu sumia , só voltando
pra comer depois do meio dia..
E roubava de novo as castanhas que pra cima do
bolo subia .
A mamãe já não o faz .
Mas restou as outras quatro fia .
Que perpetuam o nosso pé de muleque , pra
nunca esquecermos nossas fantasias .
Maria e suas quatro fia , não deixando os irmãos
esquecerem sabor da nossa alegria .
Era assim que o mamãe fazia , pra reunir
toda a famia .
Vida longa as suas quatro fia .
Adriana Noronha
Louco oco
As vezes fico debruçada em minha janela
contemplando a Lua .
Só ela e eu , ali a observar Mundo .
E que Mundo !
Um Mundo sem coisas ruins .
Talvez minha loucura me livre de todos os
males desse Mundo .
Ai nesse transe ...
Começo a ver os meu sonhos , não os sonhos que sonho ,
mas os sonhos que vivi .
E eram cheios de gente , que povoaram minha vida , que riam
dançavam , comiam , brincavam , sorriam , ou simplesmente viviam .
Mas de repente aquele vento mau , que teima soprar contra mim voltou ,
e veio mais forte que em outros tempos e soprou , soprou , soprou ...
E arrastou todos os meus sonhos reais , tentei segurá-los , agarrá-los ,
mas eles se foram , a ventania os levou , o oco ficou .
Louco oco , oco louco .
E aquele vento mal , quando me vê sopra uma brisa fria , inebriante e
gélida .
Mas aqui dentro , sinto o queimar de minha alma que insiste em viver , é ,
em viver ...
Aquele vento esta lá , a me espreitar , de prontidão para meus sonhos
apagar .
Porém sou louca , louca ...
E sempre irei clamar para que meus sonhos reais voltem um dia para o mesmo lugar .
Um lugar cheio de gente que outrora povoaram minha vida .
Que riam , dançavam , comiam , brincavam , sorriam ou simplesmente
viviam .
Adriana Noronha
As vezes fico debruçada em minha janela
contemplando a Lua .
Só ela e eu , ali a observar Mundo .
E que Mundo !
Um Mundo sem coisas ruins .
Talvez minha loucura me livre de todos os
males desse Mundo .
Ai nesse transe ...
Começo a ver os meu sonhos , não os sonhos que sonho ,
mas os sonhos que vivi .
E eram cheios de gente , que povoaram minha vida , que riam
dançavam , comiam , brincavam , sorriam , ou simplesmente viviam .
Mas de repente aquele vento mau , que teima soprar contra mim voltou ,
e veio mais forte que em outros tempos e soprou , soprou , soprou ...
E arrastou todos os meus sonhos reais , tentei segurá-los , agarrá-los ,
mas eles se foram , a ventania os levou , o oco ficou .
Louco oco , oco louco .
E aquele vento mal , quando me vê sopra uma brisa fria , inebriante e
gélida .
Mas aqui dentro , sinto o queimar de minha alma que insiste em viver , é ,
em viver ...
Aquele vento esta lá , a me espreitar , de prontidão para meus sonhos
apagar .
Porém sou louca , louca ...
E sempre irei clamar para que meus sonhos reais voltem um dia para o mesmo lugar .
Um lugar cheio de gente que outrora povoaram minha vida .
Que riam , dançavam , comiam , brincavam , sorriam ou simplesmente
viviam .
Adriana Noronha
terça-feira, 11 de junho de 2013
Fomos ? Somos !
Uma relação tão antiga de carinho
e amizade ...
Doces memórias daquilo que fomos .
Três almas que atravessaram os tempos ,
tempos bons ...
Não são necessários caros presentes quando
se tem caros amigos .
Façamos de conta que nada acabou .
Que tu
não nos abandonou .
Doces memórias daquilo que fomos .
Fomos ?
Somos !
Somamos !
Sumimos ?
Nos destes dois presentes de tão grande valor .
E agora tomou ?
Cadê o amor ?
Onde ele ficou ?
Ele esta aqui dentro de nossos corações .
Mas isso não importa .
O mundo dos vivos é real .
O nosso é sonhar , sonhar ...
E talvez acreditar
Que um dia se abra aquela porta
e tudo volte ao mesmo lugar .
Mas se deixarmos o tempo
passar ...
Adriana Noronha
Poderoso AntônioSanto Antônio
Te peguei
E assim
Eu vou
Te deixar
Pendurado
Por um tempo
Até minha
Graça
Alcançar
Mas não
Demore muito
Se não
Dos teus
Braços o menino
Vou tirar ...
Sei que
Me entendes
E não vais
Me castigar
Pois te amo
Ai no céu
Na Terra
Ou no mar .
Santo Antônio
Poderoso
Vem minha vida abençoar .
Adriana Noronha
segunda-feira, 10 de junho de 2013
Alma minha
Ouço um som ao longe , são violinos , harpas ,
instrumentos de cordas .
As nuvens estão próximas de minhas mãos , sinto
a brisa da vida .
A brisa da vida passando por minha alma , alma
minha .
Corro por lugares nunca pisados , nunca corro sozinha
corro comigo ...
E carrego meu coração nas mãos , fora de mim , pois
assim ele vive mais .
Sofre menos , escondo dele minhas dores , meus males
meus planos .
Vou a procura da cura .
Meu espírito não tem alma .
E nada me acalma .
Me banho em águas turvas .
Perco-me nas curvas do tempo .
Mas sigo em frente , impertinente .
Em meus sonhos ...
penso que sou gente .
De repente acordo ,
olho , e vejo aquilo que nunca fui
e tenho certeza que serei
aquilo que nunca quis ser .
Adriana Noronha
per TINHO
Quando ele esta aqui per TINHO de mim , bem per TINHO mesmo ,
esqueço que sou adulta .
Ai juntos mergulhamos num mundo que é só nosso , minha alma
de criança acorda .
Entro num sonho encantado cheio de boas assombrações , bonecos
que falam ..
E de estrelas que descem e nos levam ao mais infinito mundo cheio
de sorrisos pontiagudos e inocentes .
Nossas conversas são só besteiras , e rimos até de nós mesmos , e os
seres encantados criam vida .
E posso desfrutar da inocência de um menino que pensa como menino
num mundo de crianças grandes .
E a grande criança em que me transformo , pode de novo ser feliz , e acreditar
num mundo encantado .
E o encanto desse livro onde escrevemos nossas brincadeiras em páginas
coloridas com as cores da vida .
Perdura
pelos
momentos
infinitos
em
que
ele
vem
e de novo fica bem
per Tinho
de mim .
Adriana Noronha
Quando ele esta aqui per TINHO de mim , bem per TINHO mesmo ,
esqueço que sou adulta .
Ai juntos mergulhamos num mundo que é só nosso , minha alma
de criança acorda .
Entro num sonho encantado cheio de boas assombrações , bonecos
que falam ..
E de estrelas que descem e nos levam ao mais infinito mundo cheio
de sorrisos pontiagudos e inocentes .
Nossas conversas são só besteiras , e rimos até de nós mesmos , e os
seres encantados criam vida .
E posso desfrutar da inocência de um menino que pensa como menino
num mundo de crianças grandes .
E a grande criança em que me transformo , pode de novo ser feliz , e acreditar
num mundo encantado .
E o encanto desse livro onde escrevemos nossas brincadeiras em páginas
coloridas com as cores da vida .
Perdura
pelos
momentos
infinitos
em
que
ele
vem
e de novo fica bem
per Tinho
de mim .
Adriana Noronha
sábado, 8 de junho de 2013
Picolé de alegria
E a tarde fria seguia , friamente fria ,
e de repente aquele barulho mágico lá no portão ...
Um barulho por longos dias esperados ,
e então um cavalo alado cor de picolé de alegria , o trazia .
E nossos olhos puderam brilhar , ele estava de novo
a nos alegrar .
O elo não se partira , e as nuvens dançavam e se espalharam no céu
de nossas vidas .
E as estórias começaram a fluir no livro que esperava por nós ali dentro
do meu coração .
E nos esquecemos dos Senhores do Tempo , que não tem tempo para brincar ,
e fomos a vida brindar .
E saímos no meio do tempo a sonhar , sem se importar com as coisas que não podemos
dominar .
Num abraço forte vi minha alegria voltar , um passeio no mato , um gato , e a agua a jorrar , e nossos monstrinhos a saltitar .
E minhas estórias eu pude contar
as besteiras que falamos nos faziam gargalhar
Ser a tia Adribesta é a melhor coisa que há.
Um dia ele
crescerá ,
e
nas
suas
memórias
eu
sei
que
sempre
vou
estar .
Adriana Noronha
E a tarde fria seguia , friamente fria ,
e de repente aquele barulho mágico lá no portão ...
Um barulho por longos dias esperados ,
e então um cavalo alado cor de picolé de alegria , o trazia .
E nossos olhos puderam brilhar , ele estava de novo
a nos alegrar .
O elo não se partira , e as nuvens dançavam e se espalharam no céu
de nossas vidas .
E as estórias começaram a fluir no livro que esperava por nós ali dentro
do meu coração .
E nos esquecemos dos Senhores do Tempo , que não tem tempo para brincar ,
e fomos a vida brindar .
E saímos no meio do tempo a sonhar , sem se importar com as coisas que não podemos
dominar .
Num abraço forte vi minha alegria voltar , um passeio no mato , um gato , e a agua a jorrar , e nossos monstrinhos a saltitar .
E minhas estórias eu pude contar
as besteiras que falamos nos faziam gargalhar
Ser a tia Adribesta é a melhor coisa que há.
Um dia ele
crescerá ,
e
nas
suas
memórias
eu
sei
que
sempre
vou
estar .
Adriana Noronha
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