O sabiá vaidoso / Povo lá do Sul
Um sabiá vaidoso do seu canto, / O sábia vaidoso pode ser
Se julgava um maestro quase santo / talvez o brasileiro que esta
E de todas as aves a primeira / morando ou nasceu no Sul
Na linda copa de uma laranjeira. / e Sudeste do Brasil .
Seu gorjeio repleto de doçura / E na sua convicção julga-
Despertava saudade, amor ternura, / se superior aos Brasileiros
De orgulhoso e vaidoso ele pensava / que estão na parte superior
Que o mundo inteiro a ele se curvava, / geograficamente falando do
Com a força vibrante da harmonia mapa , / então subentende-se
Novas notas criou naquele dia. / sermos TODOS do Brasil .
Um simples passarinho, uma avezinha, / As avezinhas somos nós
Que nem sequer no mundo um nome tinha, / Nordestinos e Nortistas que
Por direito que assiste ao passarinho / em nenhuma circunstância
Naquela copa fez também seu ninho / somos inferiores ao "povo"
E modesto, com muita singeleza, / do Sul ,somos iguais em
Obedecendo à sábia natureza, / inteligência,caráter ,atitude
Cheio de vida o seu biquinho abriu: / perspicácia e moral .
Piu, piu, piu, piu, piu / a única coisa que temos de
Piu, piu, piu, piu, piu / sobra é a alegria de viver
Piu, piu, piu, piu, piu. / somos todos perfeitos .
O sabiá se achando enfurecido, / E mesmo que o sábia fique
Para ele falou, seu atrevido! / enfurecido não adianta gritar
Com este canto que soltaste agora / somos tudo do mesmo saco
Tu desvirtuas minha voz sonora, / a história da nação começou
Com a tua cantiga dissonante / aqui nos quintos do infernos
Tu não passar de um bicho ignorante, / fomos herança de uma raça
Eu não quero te ouvir perto de mim, / banida filhos de presos e de
Quem te ensinou cantar tão feio assim? / degradados ,somos fdps .
Do passarinho pobre de harmonia, / A evolução dessa nação só
Mas muito rico de filosofia, / será plena quando formos
Logo a resposta o sabiá ouviu: / unidos pelo mesmo laço,
Este meu canto piu, piu, piu, piu, piu, raça ,/ por todas as cores
Que o destino fiel me permitiu / e principalmente pelo amor
Para ninar os filhotinhos meus / ao próximo e acima de tudo
Seu sabiá quem me ensinou foi Deus! / pelo respeito recíproco .
Patativa do Assaré Adriana Noronha
Balanço
Onde mora a felicidade ?
A minha morava ali naquele quintal , naquela
arvore gigante ...
Voce ja abraçou uma arvore ?
Nao !
Te chamariam de louco , maluco , doido mesmo .
Mas num belo dia ao acordar ela estava enfeitada com
um lindo balanço !
Ah !
E no balanço uma rosa Dalia lilas , olhei ao redor ninguem
ninguem mesmo ...
Mas sabia que era obra do papai , pois no laço havia uma marquinha
da graxa de suas maos , maos que entortava ferros ...
Mas que moldava tambem sonhos ...
Sentei-me , ajustei-me , tirei meus pes do chao , e fui , fui
ao mais alto de mim ...
E encostava meus dedos nas nuvens , voltava , ia de novo , vinha
voltava , ia de novo ...
E assim esquecia que o Mundo existia , envergava meu corpo para
sentir os cabelos arranhando a areia .
E as nuvens passavam , a Lua vinha , o Sol alegrava e energizava
aquele lugar ...
Mas um dia veio a noite , adormeci e acordei no mundo de gigantes ,
chamados adultos , eu era um deles , e crescera ...
E os ventos vieram , misturaram tudo , e mudaram as cores do lugar ,
entao parei de embalar meus sonhos ...
Mas fui feliz , e minhas lembranças me levam onde sempre estive ,
perto das nuvens !
Perto de mim e mais perto ainda de um pai que
falava pouco , mas fazia muito ...
Fazia muito e falava pouco ...
Adriana Noronha
Onde mora a felicidade ?
A minha morava ali naquele quintal , naquela
arvore gigante ...
Voce ja abraçou uma arvore ?
Nao !
Te chamariam de louco , maluco , doido mesmo .
Mas num belo dia ao acordar ela estava enfeitada com
um lindo balanço !
Ah !
E no balanço uma rosa Dalia lilas , olhei ao redor ninguem
ninguem mesmo ...
Mas sabia que era obra do papai , pois no laço havia uma marquinha
da graxa de suas maos , maos que entortava ferros ...
Mas que moldava tambem sonhos ...
Sentei-me , ajustei-me , tirei meus pes do chao , e fui , fui
ao mais alto de mim ...
E encostava meus dedos nas nuvens , voltava , ia de novo , vinha
voltava , ia de novo ...
E assim esquecia que o Mundo existia , envergava meu corpo para
sentir os cabelos arranhando a areia .
E as nuvens passavam , a Lua vinha , o Sol alegrava e energizava
aquele lugar ...
Mas um dia veio a noite , adormeci e acordei no mundo de gigantes ,
chamados adultos , eu era um deles , e crescera ...
E os ventos vieram , misturaram tudo , e mudaram as cores do lugar ,
entao parei de embalar meus sonhos ...
Mas fui feliz , e minhas lembranças me levam onde sempre estive ,
perto das nuvens !
Perto de mim e mais perto ainda de um pai que
falava pouco , mas fazia muito ...
Fazia muito e falava pouco ...
Adriana Noronha







