Aquela cabeça de boi
já tinha cem anos
e estava ali,
observando os tabaréus...
Um vai e vem de gente resignada
que carregava bucapios,
alfojes
e matulão...
Gente que sempre estava preso
preso no curral
no curral eleitoral.
E aquela cabeça de boi sempre ali
naquela parede grená,
observando os tabaréus.
Mas a cabeça do boi
caiu ao chão,aliás não,
ela foi derrubada.
Aquela gente
nem se importou se a cabeça caiu
ou se alguém a derrubou.
E naquela noite cheia de estrelas
seu corpo depauperado
macilento,
esquálido,
uniu-se àquela cabeça centenária.
Sem balançar seu chocalho surdo
ela se foi dali,
atravessou o semi árido
passou pelo agreste
e chegou ao litoral.
Foi para longe daquele curral
vai sentir em seus ossos
a brisa do mar,
sua alma vai retornar.
E ali naquela terra
vão lhe admirar.
e para sempre ela viverá...
já tinha cem anos
e estava ali,
observando os tabaréus...
Um vai e vem de gente resignada
que carregava bucapios,
alfojes
e matulão...
Gente que sempre estava preso
preso no curral
no curral eleitoral.
E aquela cabeça de boi sempre ali
naquela parede grená,
observando os tabaréus.
Mas a cabeça do boi
caiu ao chão,aliás não,
ela foi derrubada.
Aquela gente
nem se importou se a cabeça caiu
ou se alguém a derrubou.
E naquela noite cheia de estrelas
seu corpo depauperado
macilento,
esquálido,
uniu-se àquela cabeça centenária.
Sem balançar seu chocalho surdo
ela se foi dali,
atravessou o semi árido
passou pelo agreste
e chegou ao litoral.
Foi para longe daquele curral
vai sentir em seus ossos
a brisa do mar,
sua alma vai retornar.
E ali naquela terra
vão lhe admirar.
e para sempre ela viverá...
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Alguém que já sentou na lua.